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Mulher no ambiente de trabalho

Retorno ao trabalho após o câncer

As novas terapias e tratamentos contra o câncer têm aumentado a sobrevida de pacientes e, em muitos casos, levado à cura da doença.
Entretanto, após o término do tratamento, muitas pessoas enfrentam dificuldades para retomar as atividades cotidianas, como, por exemplo, o exercício profissional e retorno ao trabalho.

Atualmente, vários estudos buscam entender as dificuldades envolvidas no retorno ao trabalho que é tão importante financeiramente, mas, também, psicologicamente. Primeiramente, esse retorno simboliza, muitas vezes, a superação da doença e a segurança em si mesmo por estar novamente saudável.

Não é raro observarmos que alguns pacientes ficam ansiosos para voltar às suas atividades remunerativas. Afinal, o local de trabalho pode ser uma fonte de renovação de objetivos e propósitos. Antes de tudo, é importante ressaltar que começar a trabalhar novamente demanda um planejamento extra para se certificar de que o paciente está pronto e confortável para a transição. Às vezes, algum efeito físico ou emocional, que acontece em decorrência do tratamento, pode mudar ou atrasar a volta ao trabalho.

Quando o paciente se sentir apto para voltar às atividades, o primeiro passo é ter o consentimento do médico oncologista.

Dicas no retorno ao trabalho

Esse período pode depender de alguns fatores, tais como:

  • os efeitos colaterais em longo prazo do tratamento,
  • as exigências físicas ou de estresse do tipo de trabalho,
  • e a necessidade de acompanhamento médico regularmente.

Por isso, é importante lançar mão de algumas estratégias de enfrentamento para lidar com esse momento. Faça pequenas pausas para manter a energia durante o dia de trabalho, discutindo algumas de suas preocupações com seu gestor. Não tenha medo de mencionar as dificuldades que possam ocorrer causadas pelo seu tratamento. É necessário priorizar, também, sua qualidade de vida.

Por fim, estando o paciente confiante em si mesmo para voltar a exercer sua profissão, alguns benefícios após essa decisão merecem ser destacados, como, por exemplo, o aumento na sua autoconfiança e a interação social com as demais pessoas que serão beneficiadas com a sua presença.

Vencer a doença e voltar imediatamente à ativa está longe de ser uma regra. Isso acontece aos poucos. Para ter sucesso na retomada é preciso cultivar a paciência.

Livia Pinheiro Ramos, psicóloga clínica

Livia Pinheiro Ramos
CRP/ES 16/3813
Psicóloga Clínica, Pós-graduação em Psicologia Hospitalar e da Saúde
pelo Centro de Estudo e Pesquisa em Psicologia e Saúde – CEPPS